TV anunciando a chegada do espetáculo Cabaret de Cláudia Raia, e a minha vida mais conturbada do que nunca, e eu fiquei naquela indecisão, vou ou não vou, decidi, VOU! Sempre fui louca por teatro, sempre fui louca por coisas antigas, cabaret por exemplo, vi uma oportunidade chegando, não podia perder, tratei logo de arranjar alguém para ir comigo, minha mãe querida! s2
Comprei os ingressos uma semana antes, lógico que já estava completamente cheio, mas como o meu bolso só podia ir até o mezanino, então fomos de mezanino, estava super ansiosa para chegar o grande dia, minhas pernas tremiam, meu coração pulava, coloquei milhares de peças de roupas, até escolher uma, parecia que eu ia encontrar o meu príncipe, mas na verdade eu ia de encontro a um sonho!
O espetáculo foi no Teatro de Paulínia, as 21h30, cheguei no teatro era 20h30 (adoro ser pontual 😉 ), quando eu olhei para o teatro, o meu olho já encheu de água, é o lugar mais lindo que eu já tinha visto, vi uma multidão, pessoas de vários estilos, vários jeitos, várias idades e aquilo me animou, minhas pernas continuaram tremendo, como sou totalmente nervosa pra essas coisas, logo que vi um guarda perguntei a entrada do mezanino, era no 3° andar, e vamos eu e minha mãe, no elevador de vidro, vendo a cidade de Paulínia iluminada pela noite ^^ vi que algumas pessoas estavam entrando, a gente entrou também 😉 quando eu entrei naquele teatro, vi aquelas poltronas vermelhas e douradas, aquela cortina vermelha enorme e dois telões, meu coração gelou, parecia aqueles teatros de filme, um sonho realizado! ficamos esperando até a peça começar, o meu nervosismo estava totalmente a loucura. Foi dado o primeiro sinal, para as pessoas se acomodarem, o segundo sinal foi dado pouco depois das 21h30, e no terceiro sinal, a cortina se abriu, aparecendo um cenário todo iluminado e uma banda logo no final, foi quando a banda começou a tocar aquela música, que eu sai do meu mundo…

Aquele homem dançando, fazendo caras e bocas e falando de um jeito encantador, me deixou mais fora do mundo, e chegou a hora mais esperada do teatro, bem no comecinho, a entrada da linda Cláudia Raia, eu estava em outro planeta, eu estava no Kit Kat Club, em Berlim, em 1931!

simplesmente, a partir desta parte do espetáculo, eu era uma cliente do club, e foi um espetáculo! tudo, luzes, sons, vozes, encenações, tudo foi num piscar de olhos! eu estava envolvida com a pobre Sally, que amava e não amava o escritor Cliff, ele que tinha e não tinha Sally, romance entre o judeu e a alemã, a época nazista, as danças envolventes e sexy!

2h30 foi pouco para toda aquela dança, todo aquele sonho! Acabou, com todos aplaudindo de pé a linda Cláudia Raia, assobios e aplausos me acordaram do sonho mais lindo que já tive! *–* Um sonho de ver um espetáculo acontecer diante dos meus olhos!

*OBS: Não tem foto e nem vídeo feito por mim, pois não podia levar câmeras, e uma foto que tirei do celular, não está comigo agora!
Sério, gente, vejam os vídeos, vocês vão entrar no Kit Kat Club, vão se apaixonar!

A história começa com uma menina chamada Sadako, que sobreviveu a bomba atômica de Hiroshima, em 6 de Agosto de 1945. Na época ela tinha 2 anos, ela cresceu e praticava atletismos, mas em 1955, se esforçou muito em uma competição e começou a sentir tonturas e cansaço e não conseguiu se levantar. Ela foi levada ao hospital e diagnosticada com Leucemia, como diziam, a doença da bomba atômica. Para ajudar a amiga, Chizuko foi visitá-la e levou papéis de origami e contou-lhe uma velha lenda japonesa, a dos 1000 tsurus, ela explicou que o tsuru é uma sagrada ave japonesa, vive 1000 anos e que se uma pessoa dobrasse 1000 tsurus de papel teria um desejo concedido. Sadako ficou com esperança de que um dia pudesse correr novamente e começou a dobrar os tsurus. Infelizmente Sadako faleceu aos 12 anos, antes de completar os 1000 tsrusus. Ela nunca desistiu e foi inspirado nessa perseverança que os amigos de sadalo montaram um livro com as cartas escritas por ela e publicaram e conseguiram dinheiro para construir uma estátua em homenagem a Sadako, a estátua foi construída em 1958, no Parque da Paz em Hiroshima, com os dizeres: Esse é o nosso grito. Essa é a nossa reza. Paz no mundo!

Foi com esse espírito de paz que resolvi dobrar 1000 tsrusus. Toda vez que eu fazia um tsuru, todos falavam sobre essa história dos 1000 tsrusus, perguntavam também, mas não tinha a curiosidade de saber sobre essa história. Um dia, sem fazer nada em casa, pesquisei sobre o assunto, e a cada página que lia, a cada história contada, eu me empolgava mais nessa ideia. Mas não porque era legal, ou porque eu gosto de tsuru, mas tem uma coisa por trás disso tudo 😉 Eu sou uma pessoa que tenho dificuldade de terminar algo que começo, talvez porque eu desisto, ou porque canso, ou até porque eu não consigo fazer do jeito que imaginei, se isso é insegurança, então acertou. A ideia de fazer algo que é grande e com um significado tão lindo, eu não posso desperdiçar, então eu falei para mim mesma, não importa o desejo que fizer, mas você vai completar esses 1000 tsurus antes do ano novo, por um simples objetivo, mostrar para mim mesma que eu sou capaz de fazer o que eu quiser ^^
Parece uma coisa esquisita, mas eu quero isso mesmo, a minha insegurança já me atrapalhou por demais os meus pensamentos, as minhas ações e eu quero melhorar, quero seguir mais leve. 😉

Vocês já pensaram nisso? ( Não fazer os 1000 tsrusus ^^ ) mas simplesmente pensar em vocês, no que vocês querem, olhar para você mesmo com um olhar diferente. Eu aconselho vocês a fazerem isso, quando a gente se conhece, tudo fica mais leve, a vida, os relacionamentos, os trabalhos, tudo *-*

Comecei a dobrar no dia 21 de Agosto de 2012
Já tem #180 tsurus.

Créditos a história: Amorigami.com.br

Respondendo os comentários lindos s2